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Postagens

Parasita da escrita

Não me apetece escrever!  A escrita me provoca e eu não largo a maldita. A fera me toca com a tinta da sua desdita e, eu, para não a ver aflita, uso verbo de moca, e desdenho o que me medita.  Sou parasita da escrita. Cresppo.
Postagens recentes

A quimera da passagem de passagem

Todo ano, quando se aprochegam estes tempos de festas, estes fatigados e adinâmicos últimos dias do calendário anual, sempre, desde que me conheço não me reconhecendo, uma colossal e íntima apatia me toma por completo. Não por não gostar das festas, comidas, bebidas e os encontros com amigos e familiares, o que devo declarar já em confissão, são justamente tais eventos os quais tornam as mesmas datas um pouco menos excruciantes.  Creio ser algo ainda mais profundo do que a própria fadiga de mais um ano que se completa. A expectativa ilusória e repleta de fé acerca de um novo ano no qual as coisas serão melhores, mais prósperas e que tudo "dará certo", é, talvez, um dos gatilhos e grande chave psíquica para que tudo seja tal qual e congênere, de modo lancinante e sórdido, numa graciosa fantasia, cujas máscaras ao final da derradeira bebederia em fuga de esquecimento, e, sua respectiva ressaca em pílulas do dia seguinte , a degenerescência de tudo o quanto se almeja.  Me evocam...

Arte Parasitária

Um asqueroso inseto - daqueles imundos, parasitários e doentes - por meio de sua pútrida dialética nada retórica e ego em demasia inflado, acreditava ser algo muito maior do que de fato era. Andava pelo lixo malcheiroso e rastejava-se pelos esgotos nauseabundos julgando estar em pleno voo. Em sua alçada inebriantemente medíocre, por meios escusos, acabou-se estonteado sobre um livro aberto, repleto de sábias palavras e visceral filosofia. Inerte ali, como exemplar sevandija, iniciou sua conspurcação, deslizando por entre as linhas como se nadasse em uma sopa de letrinhas. Acreditava estar absorvendo cada uma daquelas idéias e metáforas. Começou a vomitar palavras e rimas esparsas que nada soavam além de eructações putrefatas e mal elaboradas - eructações de vaidade. Naufragando naquele vasto oceano, creu ser um douto filósofo, um facundo poeta e um exímio artista. Engasgado com o próprio ego, mal pode perceber que seu ínfimo universo estava prestes a se fechar. Na verdade, aquele que...

O EGOCENTRISMO NA ARTE

Para além das produções funambulescas, de teor dejetório e apelativo, pinturas dignas de nota zero até mesmo para crianças em idade pré-escolar, e poesias e demais produções textuais dignas se não mais, de pena, os pseudo-artistas por trás de tais "obras" indigestas e asquerosas, caem no ledo engano egocêntrico de encararem suas produções como vanguardistas e dignas de aplausos e críticas positivas, a ponto de elevarem seus egos, muitas vezes encarando suas personas em demasia a sério, se intitulando, ou melhor, se apropriando do termo 'artista'. Muitos destes pseudo-artistas ainda vão mais afundo em seus devaneios acerca da arte - a prepotência. Sim, a prepotência discursiva apresentada por estes é algo ainda mais estarrecedor do que a mediocridade de suas obras. Por não serem enaltecidos, reconhecidos e vangloriados pelos defeques que apresentam como arte, os mesmos num ar de soberba, creditam a obscuridade do oblívio no qual se encontram, à falta de inteligênci...

NÃO HÁ LIMITES PARA OS PARASITAS DA PSEUDOINTELECTUALIDADE

VOLTO A AFIRMAR-VOS QUE NÃO TRABALHO PARA NINGUÉM, NEM COM OS COMENTÁRIOS QUE FAÇO EM ALGUMAS REDES SOCIAIS, NEM COM OS TEXTOS QUE CRIO NESTE E EM MEUS OUTROS BLOGUES. APESAR DISSO, OS PARASITAS DA PSEUDOINTELECTUALIDADE CONTINUAM A APODERAR-SE DO QUE NÃO LHES PERTENCE, ALTERANDO-LHES A AUTORIA E, SEM A MENOR CERIMÔNIA, ALTERANDO-LHES TAMBÉM O CONTEÚDO A SEU BEL-PRAZER, ABODEGANDO O MESMO COM SUAS IMUNDÍCIES PARADOXAIS NÉSCIAS E SANDICES DIVERSAS. NÃO HÁ LIMITES PARA AS RATAZANAS PUTREFATAS NA PROFANA CONTENDA E NA SOTURNA CRUZADA. Cresppo.

CARTA ABERTA A JOSÉ ELIAS FERNANDES

CARTA ABERTA A JOSÉ ELIAS FERNANDES, OU “LALANESHA DASA” Bellaria-Igea Marina, 27 de Fevereiro de 2015. Primeiramente começo esta missiva já com a dificuldade de endereçá-la. Não pela impossibilidade de alcançar o desígnio, mas pelo fato de que o referido cidadão se utiliza de uma multifacetada gama de diferentes perfis em redes sociais; perfis com nome, sobrenome, alcunha, costumes, anseios e aspirações específicas para cada uma de suas páginas. Em uma simples pesquisa me deparei com mais de cinco diferentes “personagens”. Em suma, a dificuldade de endereçar esta missiva reserva um caráter ainda mais especial - não posso afirmar se o destinatário existe ou não. Digo, evidentemente existe uma pessoa por trás destes diversos perfis, só não sei se é quem se apresenta em algum deles. Enfim, uma vez superado o enigma inicial, com esmero irei encetar esta carta. Há tempos, dada a minha total aversão a situação política, ideológica e moral de tudo o que vem acontecendo no Brasil, comec...

O COMPROMISSO DO ESCRITOR

Sem política não se organiza uma sociedade. O problema é que a sociedade está nas mãos de políticos profissionais. Como cidadão, o escritor tem compromisso com seu tempo, seu país, as circunstâncias do mundo. O futuro vai julgar a obra do autor, mas o presente tem o direito de fazer um juízo sobre o autor que ele é. Tudo o que fiz e faço é com plena consciência de um ser humano que busca relatar sua identidade. Preciso indagar que diabos estou fazendo aqui, na vida, na sociedade e na história. Quanto ao meu compromisso e/ou dever, quer por escolha ou por missäo, vou aonde posso pelos meus próprios meios: guias e gurus são más companhias. Mas devo sempre ressaltar a indigência da busca pela informaçäo e ao näo ignoto das mesmas, cheguem pelos meios que cheguem. Como diz a máxima que nossas escolhas nos definem e, no caso, definem nossos caminhos e nosso futuro.Diga-me entäo com quem andas, quem eleges e sentenciarei tua penitência. Tudo isso e mais um pouco, um pouco sob influê...